“Brazil, giant by your own nature, you are gorgeous, you are strong!”
Yes, this is a country with a unique beauty, continental size and a splendid and rich nature! And what about the Brazilians? Yes, we are more than 200 million people! A mixed population in terms of culture and ethnic background. Here the Portuguese language reigns across more than 8.5 million square kilometres. Yes, we have all we need to succeed. But what is missing for us to achieve this success?
The Challenges Faced
Currently Brazil is in the midst of corruption scandals. There is a lack of efficient public management in a range of sectors including health, education, security and transportation, the rise of unemployment rates, high inflation and an unfair taxation system, the country has faced the worst political and economic crisis in its history! Added to those sad facts, the population has also been suffering from epidemics of H1N1, Dengue, Chikungunya, Zika and consequently new cases of microcephaly in newborns. Yes, Brazil is sick! Healthcare in the country is not doing well! Brazil was poorly ranked by the WHO (World Health Organization) for efficiency in providing health services; however, despite the bad performance, the country spends more money on healthcare per capita than most in the world. Therefore, the reality is that expenditure is high in public healthcare in Brazil, but an equivalent service is not delivered to the population for this significant investment.
With unemployment and a lack of financial resources, a huge share of the population has migrated from private services and health plans to SUS, the Unified System of public Health from the Government. In tandem with this, the private hospitals have been reporting a decrease in the number of patient attendances and, as a result, a significant reduction in their revenues.
So now? Where do we find solutions?
Often, the conventional and most immediate solutions to resolve these crises involves reducing costs and searching for new financial resources. While this is necessary, in parallel it is essential to rethink and define new strategies related to a sustainable cycle, where the health service should focus on the quality of patient attendances and then as a consequence, the billing.
It is important to keep in mind that a patient provides the best tool for marketing. When a patient receives good quality care, he or she will naturally promote and give a good recommendation for the service received. However, the reverse is also true. Another fact to be considered is that the Brazilian health system focuses on the treatment of acute cases and less on chronic diseases such as cardiovascular problems, obesity, diabetes etc.
For healthcare providers to better understand their own healthcare landscape they need to dig deeper to find alternative solutions. Some elements to be considered are:
- The use of innovative technologies that can contribute to the optimisation of processes leading to the reduction of costs and greater allocation of time for clinicians to spend on patient care, for example; EMR solutions that can be rapidly implemented, are adopted 100% by clinicians and customised to each hospitals requirements;
- Review of the management model and planning to put the patient ahead of billing;
- Ensure patient care and outcomes are at the centre of healthcare, improving the experience with the health system will ultimately increase the number of private attendances;
- To analyse and assess where financial resources are allocated with the potential to re-deploy them to critical areas of care provision;
- Include focus on services related to prevention, rehabilitation and management of chronic diseases;
- The need to do more with less and create efficiencies without compromising care;
- Sustainability and economic-financial balance.
Therefore, in order to manage a crisis, first of all it is extremely important to review the current situation and to accept and embrace change on behalf of the collective wellbeing of the population.
Sláinte means good health in the Irish language. Therefore, my wish is sláinte to everyone! In a way that we can continue to sing loudly the Brazilian National Anthem that says: Brazil, “and let the laurel-green of this pennon say peace in the future and glory in the past"!
Andrea Rangel - Country Manager Brazil - Business Development, Sláinte Healthcare
Andrea Rangel works for Sláinte Healthcare as a country manager in Brazil. She has been working with business development and international relations for more than 21 years. Her former jobs include working for the Governments of the United Kingdom, Switzerland and Ireland.
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LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/andrea-rangel-1b145041
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Original Version by Andrea Rangel
O SETOR DE SAÚDE E A CRISE ECONÔMICA E POLÍTICA NO BRASIL
“Brasil, gigante pela própria natureza, és belo, és forte!” Sim, um país de beleza singular, de dimensões continentais e natureza esplêndida e rica! E os brasileiros? Sim, mais de 200 milhões de habitantes! Um povo mestiço genética e culturalmente. Aqui a língua portuguesa reina absoluta nos 8 milhões e meio de km². Sim, temos tudo para dar certo! E o que falta então para chegarmos lá?!
Nos últimos tempos, em meio a escândalos de corrupção, falta de uma gestão pública eficiente em diversas áreas como saúde, educação, segurança, transporte entre outras, aumento do índice de desemprego, alta da inflação e um sistema tributário injusto, o país enfrenta a pior crise econômica e política de toda a sua história! Além destes tristes fatos, a população ainda sofre com epidemias de H1N1, dengue, chikungunya, zika e, consequentemente, o aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos. Sim, o Brasil adoeceu! A saúde do país vai mal, muito mal! O Brasil ocupa uma das piores posições no ranking da OMS (Organização Mundial da Saúde) em eficiência dos serviços na saúde; no entanto, apesar do seu péssimo desempenho, o país está entre os países do mundo que tem o maior gasto per capita com saúde. Portanto, a realidade é que a saúde pública no Brasil custa muito caro e, ainda assim, não é capaz de entregar ao cidadão um serviço proporcional a este investimento!
Com o desemprego e a falta de recursos financeiros, boa parte da população passa a abrir mão dos serviços privados, planos de saúde particulares e começa a contar exclusivamente com o SUS, Sistema Único de Saúde do Governo. Com o aumento da demanda nos hospitais públicos, o paciente se depara com a triste realidade de ter que enfrentar longas filas de espera para um atendimento, na maioria das vezes, de baixa qualidade e deficiente. A falta de disponibilidade de material, equipamentos e medicamentos, instalações precárias e a carência de profissionais agravam ainda mais a situação. Além disso, atualmente, os gestores de hospitais públicos tem relatado que estão há meses sem receber recursos do governo. Dessa forma, sofrem com a perda de seus colaboradores, pois já não possuem verba para compra de material básico de saúde. Outrossim, ato contínuo, passam a viver sob a ameaça de terem que fechar as portas dos seus prontos socorros e atendimento SUS, uma vez que a falta de recursos não possibilita honrar com os compromissos. Uma situação delicada que recai sobre o lado mais frágil, que é a população.
Por sua vez, os hospitais particulares relatam a baixa no número de atendimentos e, por consequência, uma redução significativa nos seus faturamentos.
E agora? Como sobreviver? Como encontrar soluções? Muitas vezes, formas convencionais e imediatistas para enfrentamento de crise são consideradas como corte de custos e a busca por mais recursos financeiros. No entanto, paralelamente, faz-se necessário repensar e definir estratégias voltadas para um ciclo sustentável, onde o serviço de saúde deveria focar, prioritariamente, na qualidade do atendimento ao paciente e, por conseguinte, o caráter lucrativo ou faturamento. Mas, o modelo de saúde atual no Brasil segue uma trajetória contrária ao exposto. É preciso ter-se em mente que o paciente é a sua melhor ferramenta de marketing. Um paciente bem atendido e satisfeito naturalmente oferecerá boas referências sobre o serviço recebido, porém o oposto também é verdadeiro. Outro fator a ser pensado é que nosso sistema não está preparado para o tratamento de doenças crônicas, tais como problemas cardiovasculares, obesidade, diabetes etc., mas sim de emergência. Há uma carência em serviços direcionados para prevenção, reabilitação e tratamento de doenças crônicas.
Com o cenário de saúde melhor definido, o passo seguinte seria entender e acreditar que é possível superar a crise. Para tanto, alguns fatores devem ser considerados:
- Reforma do modelo de gestão e planejamento;
- Credibilidade do serviço oferecido ao paciente;
- Busca por inovação e tecnologias que contribuam para para a otimização dos processos, como, por exemplo:
soluções para registros médicos eletrônicos de rápida implementação, que possibilitem 100% de adoção pelo corpo clíníco e customizável à rotina hospitalar;
- Reavaliação dos recursos financeiros e redirecionamento para áreas mais críticas;
- Definição de programas voltados para prevenção, reabilitação e gestão de doenças crônicas;
- Necessidade de se fazer melhor com menos;
- Sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro.
Sendo assim, saber gerir uma crise é, antes de mais nada, estar disposto a rever conceitos e aceitar mudanças para um bem coletivo.
Sáude em irlandês se diz sláinte. Portanto, meu desejo é sláinte para todos! E que possamos seguir em frente e continuar cantando em alto e bom tom: Brasil, “diga o verde-louro dessa flâmula, paz no futuro e glória no passado”!
Andrea Rangel, trabalha para Sláinte Healthcare e ocupa a posisção de country manager no Brasil. Possui uma carreira profissional de mais de 21 anos na área de desenvolvimento de negócios e relações internacionais, tendo anteriormente trabalhado para os governos do Reino Unido, Suíça e Irlanda.